Moradores de um prédio tiveram sua privacidade violada com auxílio da tecnologia, no Setor Jardim América, em Goiânia.
No último sábado (10/03), por volta das 19h30, Pedro Rogério da Silva (32) utilizou um drone e um tablet para supostamente fazer imagens da intimidade da vizinhança, quando teria flagrado moradoras nuas com o equipamento.
Revoltados, residentes filmaram a ação e conseguiram visualizar o local de pouso da aeronave.
A Guarda Civil Metropolitana (GCM) foi acionada e conduziu o suspeito até a Central de Flagrantes, onde os dispositivos foram apreendidos.
De acordo com o GCM Reinaldo Tavares, que a atendeu a ocorrência, moradores indicaram a residência onde o drone teria pousado.
“O sujeito demorou muito para nos atender. Quando o fez, negou possuir equipamento semelhante. No entanto, informamos que a proprietária da residência, tia do homem, seria conduzida à delegacia para prestar esclarecimentos. Foi quando ele assumiu que tinha um drone, mas que não estava gravando, apenas observando. Pela demora a nos atender, cerca de 10 minutos, acreditamos que ele pode ter deletado o conteúdo”.
Na Central de Flagrantes, as vítimas fizeram registro de ocorrência, que culminou na apreensão dos objetos.
Pedro, que revelou morar nos EUA, para onde retornará nos próximos dias, foi liberado após a oitiva.
Na delegacia, apenas imagens de paisagens forma encontradas no dispositivo.
Invasão
Segundo o GCM Tavares, o principal medo das vítimas era de que as imagens fossem disseminadas nas redes sociais.
“O suspeito, alegou, entretanto, que estava apenas brincando e observando”.
Conforme explica o guarda, o caso foi “complicado”, por envolver muitos detalhes.
“Foi complexo, porque falta legislação sobre o assunto. É preciso ter licença para pilotar um drone, envolve uso do espaço aéreo, além da invasão de privacidade. Apesar do problema, é um caso que tem tudo para se tornar comum. Eu mesmo já vi gente utilizando drones para observar a intimidade dos outros em prédios. Complicado”.
Fonte: Mais Goiás (com adaptações)